terça-feira, 26 de março de 2013

Mude o seu caminho!


Minha amiga Bruna sempre falou que a nossa vida começa onde a nossa zona de conforto termina, tenho certeza que a menina Mayra concorda com isso, já que vivemos momentos inesquecíveis juntas! Quem me conhece um pouco e já ouviu falar de uma delas nunca entenderá como nossa amizade dá tão certo sem ler esse texto. Eu cheguei a seguinte conclusão: nenhuma de nós hesitou mudar um pouco o caminho uma pela outra! Entre roads, drinks e cookies veganos, nós vivemos momentos únicos juntas, essenciais para que eu sorria toda vez que lembrar de uma delas e para que tenhamos mais coragem nas nossas decisões daqui pra frente.

Foi em um dos caminhos que resolvi tomar com elas que topei sem querer querendo no caminho de um certo alguém. E eu que achava que o romance estava morto me surpreendi com um americano que sabe dançar, com um homem que ainda escolhe flores para uma mulher e com um super herói do qual a gentileza é o maior super poder. Os meus últimos dias aqui não poderiam ter sido melhores. A forma como me senti amada por aqueles que me rodearam essas duas últimas semanas é mais do que suficiente para que cada uma dessas pessoas que me acompanharam tenham minha gratidão e amor eterno. Então cheirei minhas flores prediletas, comi minhas comidas favoritas, andei pelos caminhos que eu mais gostava!

Ontem jantei com meus meninos e dei um abração na minha host mom e no meu host dad. Na hora de colocar os meninos na cama, meu boa noite foi diferente. Antes eu costumava dizer "Boa noite! Te vejo amanhã de manhã!" e eu disse "Boa noite! Te cuida tá?" e o mais velho respondeu "Boa noite, até... Até algum dia que eu não sei quando vai ser!" então eu sugeri "Pode ser até logo?" e ele "Tchau por enquanto?" então eu dei tchau, mas só por enquanto, até o logo.

Essa última quinta feira enquanto caminhava para encontrar minha querida professora de massagem, tive a oportunidade de mudar de caminho duas vezes, uma para atravessar a rua com um cego e outra para ajudar uma senhora a carregar as malas dela no caminho do metro até o hotel em que estava. E então todos os caminhos que tomei na minha vida fizeram sentido pra mim!

Ontem, conversando com um super herói, eu comecei o seguinte diálogo:
- Tenho medo de mudar com o tempo!
- Mudar como?
- Não sei, mudar! Por estar no meu país, as coisas lá são bem diferentes.
- Não precisa ter medo!
- Mas e se eu mudar com o tempo?
- Eu mudo junto com você, é impossível permanecer o mesmo pra sempre e mudar ao teu lado seria maravilhoso.

Estou voltando e eu mudei! Mudei por que encontrei pessoas nos caminhos que tomei que me despertaram mais amor do que eu já tinha e me mostraram que mudar por alguém é mudar por si antes de tudo. E o medo que eu tinha, tomou o lugar do romance que deixou a cova aberta pra ir namorar por ai! Hehehehehehe...

Por favor, não tenham medo, vivam como se hoje fosse o último dia, ame e deixem amar! Essa vida, só vivemos uma vez e nada é por acaso. Não tenha medo de mudar por si, por aquilo que acredita, por aqueles que ama ou pela simples vontade de viver o que ainda não viveu.

Bruna, Mayra, Mark, EU AMO VOCÊS!

terça-feira, 12 de março de 2013

Então é amor,

então o pássaro que descansava no teu coração saiu pela boca e resolveu voar.

É que o amor é pássaro no ninho, que se escancara pra aprender a voar, chega parece vomito pra se libertar. Amar pode parecer dolorido, mas só parece, logo nota-se que é puro alívio.

Nem pássaro, nem vomito, apenas uma humana falando de amor.

Humana cheia de ainda muitas inseguranças, apegos e paixões. Mas humana, mais humana. Humana por aprender que vomitar pássaros as vezes é necessário para conseguir respirar.

Se não fosse o amor que sinto pelos que me rodeiam e pelo que faço por aqueles que me rodeiam, eu não seria.

Das coisas que tenho feito, as decisões que tenho tomado, tudo girou ao redor desse amor e foi esse amor que fez tudo girar. O mundo continua a girar e a cada giro que ele dá escuto um pássaro novo cantando agudo enquanto aprende a voar.

Se me perguntar se o mundo gira para que os pássaros voem ou se os pássaros voam para que o mundo continue a girar, não saberia responder. Mas como é sempre melhor prevenir a remediar, lembre-se sempre: não esqueça de abrir a gaiola pro teu vomito libertar!

Pronto, olhe teu vomito voar, aprendeu a amar!




segunda-feira, 11 de março de 2013

Segunda de folga

Começo esse texto 15 minutos antes do ônibus das minhas crianças chegarem. Dessa vez, tudo bem, não preciso trabalhar.

Sexta que passou foi meu último dia.

Ouvi uma coisa esses dias que me fez pensar "Você é muito mais do que uma babá!", na hora nem quis responder, mas hoje a saudades das minhas crias me deu uma vontade de escrever.

Sou sim, muito mais que uma babá. Sou alguém que saiu da zona de conforto. Não é o que dizem: "Você começa a viver quando sai da sua zona de conforto"?
Me demiti da Federação Brasileira dos Bancos para trabalhar nos Estados Unidos como babá.
Aprendi muito trabalhando na FEBRABAN, não posso negar, assim como aprendi muito na minha carreira artística, mas cá entre nós? O que aprendi esse último ano me fez muito mais do que uma babá, me fez a melhor e mais feliz de todas elas.

Me submeti a um emprego que não é nem um pouco requisitado nos Estados Unidos e talvez nem tão bem visto pra quem trabalha em qualquer outro posto mais "renomado" no Brasil.


Meu colo foi porto seguro para uma criança que está aprendendo a viver, minha voz trouxe calma para um problema que não parece tão problemático para os que já são "adultos" que acham que só eles tem problemas de verdade, minha mão curou a dor de quedas seguidas de um choro sincero.

Cada profissão tem seus prós e contras. Cada profissão traz um salário. Mas e dai? Se está feliz com o que faz e não te falta comida na mesa, pra que ligar pro que os outros dizem ou o que tá em alta no mercado quando a sua satisfação pessoal e profissional só você pode entender e é só a ti que cabe correr atrás?

Meu contrato acabou, uma ano trabalhando de babá, um ano aprendendo a amar filhos que não são meus, um ano sendo amiga, mãe, palhaça, cozinheira, médica, jogadora de futebol, arquiteta de legos, motorista, leitora de histórias, cantora, dançarina.

Passei um ano sendo tudo o que eu queria ser pois os meus companheirinhos eram adultos de menos para ditar o que era certo ou não, eles queriam mesmo era me ver sorrir e dividir o seu único cookie comigo no primeiro sinal de tristeza que aparecesse na minha feição.

E sem me pedirem nada, se tornou uma OBRIGAÇÃO acordar com um sorriso no rosto diariamente para acorda-los da mesma maneira. Tive 365 chances de aprender mais sobre mim sem que fosse julgada e aproveitei 365 vezes deitando e rolando com os melhores amigos que fiz por aqui.

E deles serei babá e babona pra todo e todo sempre. Fui iluminada no contrato que assinei por um ano! Como tudo que fiz até hoje, fiz com muito amor. As vezes é isso, as pessoas devem confundir diplomas ou cargos com felicidade! Felicidade é amor todo dia, amar cada coisa que te rodeia, ter prazer em cada respirar, rir ao tropeçar.

Deixo aqui o meu desejo sincero que tu não te prendas a conceito já pré determinados, desejo de quem conheceu empresários renomados com depressão e faxineiras simpáticas cantando em serviço.

Um beijo,
que a paz e o amor te liberte!


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Carpinteira do Universo

Dentro desse mundo onde o anormal é o comum e a normalidade é taxada como loucura perdi minhas ferramentas de carpinteira. Sofro por não estar ao meu alcance arrumar a perna de toda messa torta, lixar a cadeira que deixa farpa na bunda ou construir belas camas. Nem todos querem ter onde dormir, nem todos ligam para a dor que vão sentir e muito se acostumaram a comer na mesa bamba por preguiça de mudar a rotina. Mas quando me permitem, dou o meu melhor!

Estou deixando aqui 3 lindas crianças que tive o prazer de carpintar, crianças essas que tratei como se fossem minhas. Meu coração de carpinteira não se conforma de ter de ficar tão longe sem nada poder arrumar. O que consola são os banquinhos que fizemos juntos para que eles pudessem alcançar para fazer a ponte das alturas que suas alturas ainda não alcançam diretamente para o calor de suas mãozinhas curiosas.

O bom de ser carpinteira, é pode trabalhar em qualquer lugar, basta ter alguém precisando do serviço.

E de coração apertado de saudades, fico um pouquinho longe dos que amo com a certeza de que irão se virar bem sem mim, pois quando resolvi que seguiria a profissão jurei para mim mesma que eu não seguraria a escada pra ninguém mas arruma o degrau pra que crescessem sem precisar de mim toda vez que a vida chamasse pra um lugar mais alto.

Como já dizia Raul:

Carpinteira do universo inteiro eu sou, Ah! eu sou assim:
no final,
Carpinteira de mim!


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Fronteira



Sabe qual o nome das fronteiras invisíveis que colocam limites nos países? DINHEIRO! Sim, dinheiro.
Olha, tô num desespero! Hoje liguei pra minha avó com uma voz que ela preocupou na hora:
"- Vó! Minhas malas tão muito pesadas! É livro demais!"

Como eu faço?
Já separei uma sacolona de roupas! O que eu faço?
Será que só pagar uma mala extra para carregar o meu livro será suficiente?

O que eu faço?
O que eu faço pra conseguir dividir em um mundo onde as pessoas só querem aprender a multiplicar o que tem sem ao menos aprender a somar com os que nunca tiveram nada?

Os livros que eu levo não são pra mim, nem os LP's e nem os CD's. Eles são pra todos, só vou cuida-los para que eles possam circular por ai! Essa cultura daqui, a música, o conhecimento, os desenhos, as artes, elas são patrimônio do mundo, elas não são de um país, de uma pessoa.

Gente... Não pode ser ingenuidade minha! Não mesmo! Ninguém faz nada sozinho, não existe mérito individual! Poxa vida! Será que o homem teria inventado o avião se não visse os pássaros voando? Será que haveria descobrimentos científicos não fossem pessoas e animais morrendo para que eles fossem testados em prol de uma cura para aqueles que sofrem por não serem saudáveis? E a história é cheia de muitos outros exemplos que provam a interdependência essencial para evolução humana. Pois bem, de ante de tantos exemplos, como centralizar uma conquista, uma evolução em um ser, em uma universidade, em uma nação? Mérito? Mérito de que? Mérito pra que? Não, não, não. Não concordo, tá tudo errado! Tal pessoa incentivou a ação? A nação incentivou? Ahhhh... Tá! Mas da onde veio o dinheiro? De pessoas sem dinheiro que trabalham de prol de um patrão ou nação e nunca terão o dinheiro para ter acesso ao conteúdo que gerou esse mérito?

O que eu faço? O que você faz?
Acham isso justo?

Vamos continuar centralizando o conhecimento, a arte, a cultura, nas mãos dos que tem dinheiro?
Então tá, um apelo para os que tem dinheiro: VAMOS DIVIDIR! DIVIDA! POR FAVOR, DIVIDA!
Eu adorooooo gastar, gasto adoidado, por que gasto pra dividir, e trabalho de novo, trabalho e trabalho mais ainda por que sei que aquele dia de trabalho delicioso com as minhas crianças, fazendo massagem em alguém vai virar um livro que vai ensinar alguém que vai ensinar alguém e assim o meu CAPITAL vai circular de maneira eficiente, me desprendo e só recebo mais em troca.

Eu pago o que for pra quem quiser centralizar, mas os MEUS livros vão fazer uma viagem direta até a comunidade da Brasilândia!

E se eu peguei uma arma pra aprender a atirar rosas com o Tio Sam, agora eu quero ver o Tio Sam tocar pandeiro!

Tô puta mesmo e não quero nem saber. Acho uma putaria esse egoísmo, e não é uma critica só aos EUA nãoooooo, Cuba é uma putaria também com essa porra de comunismo onde ninguém tem papel pra limpar a bunda e o Fidel caga numa privada de ouro.

Falem o que quiser, pensem o que quiser.

Logo mais estarei em Cuba voltando com salsa, livros em espanhol e outro blog pra dividir com quem eu quiser.

Beijos e abraços pro Obama, Fidel e especialmente pros que dividiram minha frustração. Bem melhor agora, prometo que toda essa irritação vai virar força pra continuar dividindo.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

A Normalidade



Outro dia estava no mercado com o meu maior! Como duas pessoas abençoadas com corpos de anatomia que seguem os padrões da "normalidade" e saudáveis, pedalamos em nossas bicicletas até o mercado, devidamente protegidas com nossos capacetes. Chegando no mercado, trancamos as bicicletas em um poste e entramos. Em um dos corredores encontramos uma mulher com o corpo que não seguia os padrões da "normalidade", uma anã que andava em uma espécie de cadeira elétrica que controlava com uma mão, ela parecia ter mais alguns desequilíbrio em sua anatomia. Quando demos licença para que ela passasse com o aparelho que pilotava ela sorriu e agradeceu e eu sorri de volta. Depois que ela passou do nosso corredor o meu mais velho começou o diálogo:

- Oh! Meu Deus! Isso foi assustador!
- Quer saber o que me assusta desse jeito?
- O que?
- Estarmos no mercado há mais de 5 minutos e você continuar com esse capacete na cabeça! Tá com medo de tropeçar, é?

Depois que rimos fiz questão de explicar que a gente costuma se assustar com o que é diferente mais na verdade ninguém é igual a ninguém e nossas diferenças deveriam ser respeitadas e admiradas pelas suas particularidades, a serenidade com que ele sorriu e concordou com o que eu disse me acalmou o coração, acho que da próxima vez que cruzarmos com essa mulher, sorriremos juntos depois dela nos agradecer por darmos licença.



Com a Terapia Crânio Sacral reconheci muitas "anormalidades" anatômicas que passam ilesas aos julgamentos de quem se acha normal. Ontem tive a oportunidade de partilhar meu dia com uma criança abençoada! Um menino de olhos brilhantes que tem autismo.

Andar ao lado dele sem ser notado seria impossível, autistas desenvolve manias para alivia sua ansiedade e nervosismo e com ele não é diferente. Falei mais do que escutei, colori mais do que auxiliei uma criança a colorir, mais aprendi muito mais do que ensinei, sem sombra de dúvidas! É tudo muito simples, é tudo muito sem pudor, a comunicação e as ações não passam de uma questão de necessidade. Quando ele não soube pedir arroz integral no menu do restaurante ele simplesmente pegou o arroz do meu prato com as próprias mãos para mostrar que era aquilo que mataria a fome que ele estava. E quando reparei que todos olharam nas mesas ao redor, minha vontade era comer com as mãos também!

Então eu pergunto, o que é normal? Deixar suas necessidades de lado para encaixar-se em padrões hipócritas e ser incluso em uma sociedade que caga pro que te faz feliz?

Não, não sou normal, nem de longe!

Ontem, enquanto andávamos na rua algo no corpo dele pediu que ele desse pulinhos a cada dois passos, daí, algo no meu corpo me pediu que eu o acompanhasse! Estávamos de mãos dadas, dando pulos sincronizados em Adams Morgan, com uma neve leve caindo e nosso corpo nos esquentando do frio que nos fazia pular.

E quanto mais eu vivo, mais respeito as diferenças e mais enxergo mestres grandiosos no que os olhos dos que julgam costumam diminuir. Só aprende aquele que está disposto, só se liberta aquele que está disposto a aguentar a corrente de vento forte que suas asas aprendem a controlar.

AME, é tudo que eu tenho a dizer, ame os outros, ame cada minuto de suas vida, não perca um segundo sem amar. Seja grato, dê valor. Nada na vida é por acaso e todo acontecimento é evento de aprendizado!

Abraço em todos que olharam feio pra moça que pilotava com louvou o seu carrinho e para o grande amigo que fiz ontem, que consigam ao menos reconhecer suas anormalidades antes de julgar as alheias.
E um outro abraço para todos os anormais que me acompanham na luta de normalizar a anormalidade!




sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Eu vou te falar...

Nunca estive tão feliz por ter feito as escolhas que fiz. No final quem realmente liga pra você vai entender o por que de suas escolhas ou pelo menos respeitar.

Não vou falar que é um mar de rosas, não é!
Acho que a partir do momento que você escolhe ser o que é, tudo mudo. Ontem mesmo estava falando com um amigo queridíssimo e ele me dizendo que só quem me conhece não se assusta comigo.
Ser sincera, tirar uma foto atrás de um cartaz de nudez, abraçar a praça da Sé inteira, falar de sexo em um blog que a mãe e a avó lêem, cuidar de duas crianças que não são suas como se fossem, sair de um emprego com um ótimo salário para passar um ano na terra do capitalismo, foram rosas cheias de espinhos mas com um perfume delicioso.

Acho que ser você é aceitar que nem a certeza do que se é é certa. Permita-se, ame, mude, evolua, caia, levante, ria, chore, vá, volte, vá de novo, erre, aprenda, ensine.

Só faço um pedido, cuidado para não acreditar na felicidade que os outros pregam pra você, de você, é você quem sabe. Só levante uma bandeira se você mesmo tiver pintado o que ela prega!
A vida é curta demais para que vivamos uma vida que não gostaríamos de viver. FAÇA O QUE TE FAZ SORRIR, SEJA LÁ O QUE ISSO FOR!


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A Bandida que ganhou o meu amor pra ela


foto por Zoltan van Heyningen

Ontem conversávamos enquanto ela lentamente ganhava tudo que mais vale dentro de mim.
Falávamos sobre a liberdade que a prisão da hipocrisia houvera nos prendido e também das vantagens de ser bandida foragida dessa prisão mais concreta que qualquer parede.


Das pessoas que conheci, poucas me fizeram calar diante da paixão  com que falavam daquilo que amavam. Nessa bandida vi um sorriso ainda com medo porém cheio de coragem de quem acaba de se libertar para trilhar o próprio caminho e faz faz das incertezas sua única certeza! E é esse amor libertador que nos traz plenitude, pois nos reconhecemos e nos satisfazemos em cada inspiração, em cada passo que damos, tudo é único, tudo é uma nova descoberta, tudo é uma delícia. E, ai! Que delíciaaaaaaaa!

Conheci uma das pessoas mais incríveis da minha vida por aqui e estou decidida que seremos parceiras de crime. Crime sim, por que hoje em dia fazer o que nos faz feliz está mais assustador que um médico que não olha nos olhos de seu paciente, mostrar os peitos em prol da igualdade entre os sexos está causa mais espanto que um estupro em grupo, ser gay é mais imoral do que ser político corrupto. Somos parceiras de crime por que pagamos nossas contas, não devemos a ninguém, e por isso entendemos que ninguém tem que nos cobrar satisfações ou ditar o que nos fará feliz, nós sabemos bem melhor ou pelo menos estamos nos arriscando para tentar descobrir.

Foi essa paixão pela liberdade que transformou seres normais em pessoas com vontade de viver, se cair, levantaremos, se tropeçarmos, faremos piada, se faltar coragem, a gente faz de conta que tem, se precisar a gente grita, mas falarmos com a paixão com que falamos sem nos permitirmos da forma como nos permitíamos seria nos entregarmos a hipocrisia que nos olha com inveja de tanta sinceridade.
Não é fácil, não é vazio de insegurança. Mas acredite, Bandida! É o que somos, somos nós nuas, somos nós daquilo que nos liberta, somos o que somos e somos respeitadas pelo que não precisamos fingir ser para sermos respeitadas.

Para a Bandida que pode poderia ter roubado meu coração, entrego-o de bandeia!
Que a sorte, assim como a coragem que carrega em ti, esteja eternamento contigo. Declaro aqui a minha admiração e, muito mais do que isso, o meu apoio eterno para que sonhos como os teus, vividos e desejamos com sinceridade e sede de liberdade, sejam realizados diariamente.

GRATIDÃO, Bandida, pelo nosso crime, eu divido até o que não tenho!
Ai, que loucura!

sábado, 26 de janeiro de 2013

Da calma que a solitude carrega

É com calma que tudo se ajeita e o tempo para de arrastar.

Parei de dormir para acordar e resolvi acordar para viver.

E se nevar e eu for obrigada a ficar em casa, ficarei em casa lendo bons livros, bebendo um chá quente e espreguiçando meu corpo que é pra não congelar.

Acho que essa solitude é o que afasta a solidão.

Esses dias que passaram me senti um tanto quanto "sozinha", chega chorei de raiva. Raiva não de estar sozinha, mas de mesmo depois de um ano fora do meu país e milhares de situações onde era eu e eu mesma, eu continuar achando que é sou uma pobre vítima da solidão.

Solidão que nada! Era apenas solitude mal compreendida. Parei de chorar e decidi que não estava sozinha, só estava longe dos que me preenchem. Mas pera ai, se me preenchem é por que me completam, se me completam, nunca estarei sozinha. 

Solidão é vazio, solidão não tem relação nenhum com estado físico ou temporal, solidão é um estado mental que tenta confundir o coração jurando que somos sozinhos.

O vazio deve vir pra preencher a solidão de bons sentimentos. E como o amor, esvaziar-se e se abrir para o novo é uma questão de hábito, de exercício.

Estava sozinha em um aeroporto. Ofereci meu celular para um homem que precisava fazer uma ligação, carreguei uma mala para uma moça que estava com dor nas costas, agradeci o moço da segurança, sorri para a mulher no banheiro, percebi que eu não estava sozinha.

Tudo na vida segue de acordo com as perspectivas que você tem do que que está acontecendo e das suas atitudes perante o que você sente e pensa sobre essa realidade.

É fácil e comodo sentir-se só, difícil é permitir-se estar acompanhado ou acompanhar os que acreditam estar sozinhos.
Para todos que tem me acompanhando ou ainda para aqueles que acreditam estar sozinhos, o maior e mais apertado de todos os abraços para que sintam-se amados!



Esses dias meu mais velho me deu um abraço delícia e falou "Mais dois meses!", ainda bem que nós nos preenchemos o suficiente para evitar qualquer sentimento de solidão e continuarmos dividindo nosso amor sem limites!

Continuem dividindo,

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Sê feliz!

Ninguém disse que seria fácil!
Mas ninguém disse que teria de ser difícil.

Acho que no fim das contas, nós que determinamos a dificuldade com que vamos lidar com as coisas!
Se tem uma coisa que ninguém compreenderá por você é a motivação que faz com que você siga adiante. É a motivação que te faz seguir que dita a dificuldade que tua vida vai ter.

Vou te falar que cresci 21 anos em 3. Foi um acontecimento atrás do outro, mudei 12 vezes de casa, passando por 4 cidades diferentes, 2 países diferentes, dividindo casa com pessoas íntimas e outras nem tanto. Deixei todo o meu ego e orgulho de lado para conseguir aceitar uma mão amiga, aprendi que dividir o nada pode ser a melhor forma de multiplicar.

E tô aqui, voltando pra casa em em menos de dois meses, cheia de saudades do que já foi e do que virá. Mas estou bem, sem medo de ter que me mudar de novo. É que no fim das minhas contas, sempre o que resta em mim é amor. E por mais que eu tropece, por mais que me façam tropeçar ou talvez mesmo andando sem tropeços nenhum, o que me motiva é muito maior do que os contornos do meu eu.

E aos que admiram o meu jeito, a minha sinceridade, a forma como me porto ou até mesmo meu veganismo, um obrigado bem sem graça pra vocês! Fácil admirar, difícil é colocar em prática aquilo que se admira. Quando decidi mudar meus hábitos, parecia que eu vivia em uma prova constante! Até hoje, vez ou outra, ainda parece que tudo que acontece na minha vida é para testar as minhas escolhas! Não fosse o amor que sinto como motivação, continuaria construindo paredes ao meu redor para dignificar meu ego e pregar o individualismo, mesmo sabendo que essas paredes barrariam o meu crescimento e afundaria todas as minhas chances de ser feliz sendo aquilo que eu gostaria de ser e, graças a tudo e a todos, hoje eu sou!
Amar a si mesmo é aceitar que se é interdependente e vazio, é livrar-se de certezas e necessidade de razões para cada passo andado, amar é não ter medo e nem deixar que a insegurança dite sua vida.

Estou com saudades sim, estou com medo sim, estou insegura sim, mas nada disso me faz achar que as coisas não darão certo, aprendi a me entregar apenas para os 
sentimentos bons. É um hábito que se cria!

Sê feliz, sê você. Enxerga o que se é, aprenda a aceitar o outro como o outro. Saber amar também é saber deixar alguém te amar.

Se estou aqui, feliz, em paz, é por que estive em todas essas 12 casas, por 4 cidades, pelos dois países.
Meu obrigado para aqueles que dividiram o tanto que tinham e me permitiram crescer junto o que sozinha eu nunca conseguiria.

Está decidido, a pior de todas as situações que eu viver, será nada diante da grandeza que o amor que sinto estoca dentro de mim!

Se a sua motivação realmente te faz feliz, só é você quem vai saber.
A vida é pouca para ter medo! Descobre o que te faz feliz e vá viver.
Sê feliz, amor, sê feliz...


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Delícia!

SENHORRRRRRRRRRR! Obrigada universoooooo!!! Hahahahaha...

Meus últimos dias tem sido tão lindos, tão cheios de amor, de paz, de tranquilidade, realizações.
Passei a minha virada só com as melhores companhias que eu poderia ter em território americano. Viramos uma tribo, eramos uma tribo vegan, yogi, feliz, sem julgamentos, cheia de amor, cheia de leveza, uma tribo que compartilhou tudo que tinha, conhecimentos, sentimentos, aflições, vontades.

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh... E falando em compartilhar, posso compartilhar minhas saudades?
Agora, cada um dos meus amados em um canto dos EUA, uns San Fran outros mais pra cá.
Passagem com data para dia 26, dia 27 de Março estou ai!
As saudades dos meus daí chega deu uma sossegada, mas o big deal agora é as saudades dos que ficarão por aqui.

Esse negócio de viajar, ir daqui pra lá, dá saudades mas é uma delícia. REsolvi deixar esse negócio de apego pra lá! Foi tanta coisa boa, tanto aprendizado, abri TANTO minha mente e coração, que me apegar a um tchau que eu tenho certeza que não será pra sempre seria desperdício. Em vez de sofrer vou mais é sorrir. Em 2012 tive o prazer de aprender com dois pontinhos de luz, o amor que as crianças nos ensinam é de deixar qualquer saudades pra lá, cada abraço é um universo, cada sorriso um grande presente. E viajar, conhecer gente nova diferente de você! Como é bom ter a chance do diferente, do conhecer e aprender a respeitar. O mundo é grande demais para evitarmos despedidas. E que a gente não entende que tchau é ficção, o que a gente ama vira parte de nós!

Tenho amado e amarei o tanto quanto aqui, ali e em qualquer lugar.
Me fiz copo vazio pra voltar cheia nem que só pela metade!

E nesse clima de despedida de tudo, vou guardando tudo que me agrada da forma mais leve possível, os cheiros, as comidas, os lugares, as pessoas. Tô construindo uma fortaleza dentro de mim com tijolos de tudo e todos que não posso levar na mala, assim fico forte para suportar qualquer vento mais forte ai embaixo! E se mesmo fortaleza o vento resolver me levar pra outro lugar, me agarro na fortaleza de mim mesma que me tornei com a ajuda de tudo e todos e deixo o vento me levar.

Que todos encontrem-se nos outros e encontrem-se em si. Que todos se deliciem ao encontrarem seja lá o que, onde e quem for!

Deliciem-se em cada coisinha, cada novidade, cada repetição. Deliciar-se é transformar saudades em amor pleno. É deixar lágrima cair com sorriso no rosto.

Ai, ai, ai... Tô é deliciada!
Amor pleno por todos,
já, já, nos encontramos...